Democracia e Governação

Mulheres jornalistas encorajadas a lutar contra o patriarcado dentro redacções

O desafio foi feito no âmbito da V Conferência Internacional de Comunicação, subordinada ao tema: Comunicação Social e Igualdade de Género nos Media. O evento, que decorre na instância turística do Bilene, na Província de Gaza, é organizado pelo SEKELEKANI em parceria com Centro de Estudos interdisciplinar de Comunicação, CEC.

O encontro, decorrendo nos dias 29 e 30 de Novembro corrente, aborda temas como: Género e políticas públicas, mulher na comunicação social, género e participação política entre outros.

 

No discurso de abertura o Director Executivo do SEKELEKANI, Tomas Vieira Mario, instou as redações a adotarem politicas ou códigos de género que orientem os profissionais de media no exercício das suas actividades.

Por seu lado, o Presidente do Conselho Fiscal do CEC Filipe Mabutana considerou que a equidade de género é tida como uma das componentes fundamentais para o desenvolvimento do país, tal que uma maior atenção deve ser dada a esta questão.

Benilde Nhalivilo, Directora da Rede de Organizações da Sociedade Civil sobre Direitos da Crianca (ROSC), abordou os conceitos de género, equidade e igualdade, e considerou que o facto de se lutar contra o patriarcado não quer dizer que se queira estabelecer o matriarcado, mas sim que se está em busca de igualdade de oportunidades para homens e mulheres.

Dentre os desafios apontados pela jornalista Palmira Velasco como condição de progresso da mulher na media, constam o uso de linguagem machista dentro das redações, atribuição de temas considerados “leves” para a mulher jornalista, nomeadamente assuntos sociais e de agenda diária.

Um outro especto que dificulta a afirmação da mulher nas redações foi apontado pela jornalista Marta Sambo, ao denunciar a tendência para se considerar que o sucesso profissional da mulher seria resultado de relacionamentos íntimos com seus responsáveis hierárquicos.

Ainda em torno dos desafios o Director Executivo do SEKELEKANI, Tomas Vieira Mário acredita que a diferenciação de horários nas redações ou mesmo de atribuição de trabalhos de campo implicando longa permanência fora do lar,  são outros factores a ter em conta para estimular ou desencorajar a progressão profissional da mulher jornalista.

Participam na V Conferência Internacional de Comunicação, jornalista, editores, estudantes de comunicação e representantes de organizações da sociedade civil.

 

 

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