Recursos Naturais e Indústria Extractiva

Organizações da sociedade civil e jornalistas de Cabo Delgado reunidos para delinear estratégias de monitoria do reassentamento em Palma

Iniciou hoje na cidade de Pemba um seminário de organizações da sociedade civil e comunicação social sobre o processo de reassentamento em Palma, com o objetivo de criar uma oportunidade de partilha de informação e de conhecimento sobre este processo, que vai afectar, de forma directa e indirecta, cerca de 1.330 famílias.

Neste evento de três dias, as partes envolvidas vão ainda acordar estratégias de coordenação de ações e de formas de intervenção, entre si.

O evento é promovido conjuntamente pelo Centro Terra Viva (CTV) e SEKELEKANI, e nele participam organizações da sociedade civil membros da Plataforma Distrital sobre Recursos Naturais de Palma e outras organizações relevantes da Província de Cabo Delgado, bem como jornalistas representando diferentes órgãos de comunicação social de Cabo Delgado.

Na ocasião da abertura, Issufo Tankar do Centro Terra Viva, disse que se pretende com o evento, delinear uma estratégia de monitoria do reassentamento em Palma, no sentido de garantir que os direitos das comunidades sejam salvaguardados. De acordo com o governo, o processo do reassentamento deverá começar ainda este ano, prevendo-se que se prolongue por um período de dezoito meses.

“Depois deste seminário, esperamos que tenhamos capacidade de acompanhar o processo do reassentamento na península do Afungi em Palma, para que uma vez feito, consigamos dizer aos intervenientes o que correu bem e o que correu mal, para poder ser corrigido” – sublinhou Tankar.

Refira-se que no dia 10 de Agosto corrente, o governo moçambicano e as empresas petrolíferas Anadarko e ENI, assinaram acordos, que autorizam as duas empresas a construírem infraestruturas comuns de logística, nomeadamente um terminal marítimo de gás natural e instalações de descarga de materiais no âmbito da construção da Fabrica de Gás Natural Liquefeito em Palma.

A anteceder o arranque destas obras, devera ocorrer o processo do reassentamento das populações residentes na área concessionada. Um processo que se espera, seja, delicado, com implicações económicos, sociais, ambientais e culturais de grande impacto.

 

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