Trata-se de um empreendimento de grande envergadura concebido para servir os projectos de exploração de gás natural na Bacia do Rovuma, em Cabo delgado.
Segundo as mais recentes previsões, este complexo de infrastruturas deverá estar operacional em 2022, antecipando-se ao início da produção de hidrocarbonetos na Área 4 sob a liderança da firma italiana Eni. O projecto da Base logística de Pemba foi concebido como uma solução integrada “one stop shop” (Balcão Único) para a disponibilização de infra-estruturas portuárias de apoio à indústria de petróleo e gás, em todas as suas fases (pesquisa, desenvolvimento e produção).
Depois do lançamento da primeira pedra para a construção deste porto em 2014, houve necessidade de reprogramar as obras adequando-as ao calendário dos potenciais utilizadores nomeadamente a Eni e Anadarko que deverão começar a operar a partir de 2023.
A base logística vai ser usada também por empresas de fornecimento de materias as petrolíferas. De acordo com Omar Mithá, Presidente do Conselho da Administração da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), parceira na base logística, actualmente os trabalhos estão reduzidos ao mínimo como forma de diminuir os custos com o pessoal especializado e mobilização de equipamento.
Omar Mithá explicou ainda que no quadro da iniciativa foram executadas obras de vedação do recinto, construídas vias de acesso e a área de processamento de lamas, além da realização de testes para implantação de estacas.
Esclareceu igualmente que das 790 famílias que vivem na área abrangida pelo projecto apenas 21 é que ficaram por indemnizar, num trabalho que está a ser feito em coordenação com o Conselho Municipal de Pemba.
Mithá recordou que a base logística só faz sentido havendo clientes e neste momento os potenciais utentes são os projectos das áreas 1 e 4 dos quais se espera colher informações sobre as suas necessidades sob pena de construir-se uma infra-estrutura sem muita utilidade.
(Fonte: Jornal Noticias)
